Impactação alimentar
Este tipo de complicação pós-operatória é encontrado principalmente naqueles submetidos a cirurgias restritivas , particularmente nos casos de Bypass gástrico com anel . Geralmente, estas pessoas procuram assistência médica queixando-se de náuseas , dor retroesternal , desconforto na região do estômago e vômitos após alimentação, sendo a endoscopia um exame que confirma o diagnóstico e realiza a terapêutica necessária no mesmo ato.
Migração de Banda Gástrica Ajustável
Após a implantação de BGA pode ocorrer erosão ou migração intragástrica da prótese entre 0,6 e 11%, gerando sintomatologia variada. O diagnóstico dos pacientes com migração de Banda Gástrica Ajustável é eminentemente endoscópico, e este exame deve ser feito na presença de qualquer sintoma digestivo em paciente com este dispositivo. Durante a realização do exame é possível a visualização direta da prótese no interior do estômago. A retirada da banda usualmente é feita através de cirurgia. Atualmente, porém, a opção de retirada da banda por via endoscópica deve ser considerada, por se tratar de um procedimento minimamente invasivo que dispensa sutura da parede gástrica.
Outra condição mórbida que pode ser encontrada no pós-operatório da cirurgia de Banda Gástrica Ajustável é o deslocamento distal da prótese, promovendo a formação de uma dilatação da bolsa gástrica, o que dificulta a passagem dos alimentos.O diagnóstico clínico deve ser suspeitado na presença de vômitos freqüentes, náuseas, disfagia, pirose ou halitose. Até o momento, a endoscopia tem papel apenas diagnóstico quando ocorre deslizamento de BGA.
O By pass é uma cirurgia que predispõe ao desenvolvimento de úlcera marginal ou de boca anastomótica. Habitualmente, a úlcera está situada na mucosa jejunal logo abaixo da gastrojejunoanastomose. Essa lesão se desenvolve no lado intestinal da anastomose, podendo envolver todo o diâmetro.Os Sintomas mais comuns envolve dor abdominal, principalmente epigástrica e que é aliviada com a ingestão de alimentos . Hemorragia digestiva leve a moderada também pode estar presente, principalmente na forma de sangue nas fezes, sendo mais comum do que a ocorrência de vômitos com sangue.
Um diagnóstico pós-operatório freqüente em clínicas de endoscopia é a estenose (estreitamento) da anastomose gastrojejunal. Os sintomas obstrutivos como náuseas, vômitos, sialorréia e regurgitação tendem a ocorrer em torno de 30 dias de pós-operatório, período que coincide com o início da dieta sólida. O quadro pode evoluir de forma gradual ou abrupta. A endoscopia é o padrão ouro no diagnóstico e na terapêutica desta complicação. O tratamento de escolha da estenose gastrojejunal é a dilatação endoscópica.
Nos casos de bypass com uso de anel restritivo, uma complicação possível e encontrada em 0,9 a 7% dos casos é a erosão /migração da prótese para o interior do lumem gástrico. Nesta situação a sintomatologia é variada .Reganho de peso , sintomas obstrutivos ,dor e sangramento . Pode ser removido por via endoscopica.
Outra complicação descrita nos casos de bypass gástrico com anel. Esta complicação corresponde ao deslocamento da prótese por fora da bolsa gástrica gerando uma compressão extrínseca e a conseqüente dificuldade de esvaziamento da bolsa gástrica. Os pacientes relatam aumento progressivo da freqüência dos vômitos e eructação, chegando a vários episódios diários, sem haver relação dos sintomas com o tipo de alimento ou a velocidade de ingestão. Nos casos avançados, há restrição alimentar importante, ficando a ingesta restrita a líquidos.
Em alguns pacientes submetidos ao bypass gástrico com anel, mesmo com a prótese estando bem posicionada, pode haver intolerância alimentar importante se a mesma apresentar diâmetro interno reduzido. Nesta situação, pode ser necessária a retirada cirúrgica do anel ou, alternativamente, a Endoscopia terapêutica pode ser realizada da mesma forma que nos casos de deslizamento.
O anel de silicone foi muito utilizado no passado, nas cirurgias de By Pass Gátrico .Devido ao seu alto índice de complicações, foi praticamente abolido das cirurgias. É possível retirar o anel sem realizar cirurgia, com ajuda de dispositivos e equipamentos adequados.É necessário avaliação do Endoscopista para saber se é possível realizar este tratamento.
Habitualmente ocorre em pós-operatório precoce de Cirurgia Bariátrica e vem acompanhado de infecção dentro da cavidade abdominal. É uma complicação que ocorre, a qual a endoscopia tem importante papel no seu tratamento. Promove avaliação adequada e precisa das dimensões da fístula, permitindo se estabelecer o prognóstico e uma estratégia terapêutica, que pode envolver o uso de dilatação, estenostomia, uso de prótese auto-expansível, cola biológica, endoclips ou Surgisys.